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11 de mai. de 2012

Programa 5S na Fábrica Um suporte para implantação do Sistema de Gestão Integrada


FUNDAÇÃO CEFET MINAS

Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais
Cursos de Extensão em nível de Pós-Graduação Lato Sensu



Gestão e Tecnologia da Qualidade – GTQ Turma 1

Marco Aurélio Gandra
Neimar Carvalho
Samira Gontijo
Sara Rios Bambirra

Programa 5 S na Fábrica
Um suporte para implantação do Sistema de Gestão Integrada


BELO HORIZONTE – MG – OUTUBRO DE 2006

Monografia apresentada como exigência para obtenção do Título de Especialista em Gestão e Tecnologia da Qualidade do CEFET-MG.


Orientador:
Professor Márcio Bambirra



AGRADECIMENTOS

Agradecemos a todos os amigos, familiares e professores desta pós - graduação que direta ou indiretamente tornaram possível a elaboração deste trabalho.

Em especial, agradecemos á equipe da CONVERTEAM unidade Fabril de Betim que contribuíram para a concretização desta etapa.



Epígrafe

“Talvez não tenhamos conseguido fazer o melhor. Mas lutamos para que o melhor fosse feito. Não somos o que deveríamos ser, não somos o que iremos ser, mas graças a Deus não somos o que éramos.”


Martir Luther King


RESUMO

O programa 5 S desenvolvido no Japão logo após a segunda guerra mundial vem sendo aplicado desde então em organizações por todo o mundo com o objetivo de organizar da melhor maneira possível os ambientes de trabalho. Este programa é aplicado nas empresas baseado nos 5 sensos desta metodologia: senso de seleção /utilização (seiri), de organização (seiton), de limpeza (seiso), de padronização (seiketsu) e de autodisciplina (shitsuke). Neste trabalho a implantação destes 5 sensos foi realizada na Unidade Fabril da empresa Converteam em Betim, Minas Gerais - Brasil. Este projeto foi implantado para servir de suporte para a posterior implantação de um sistema de gestão integrada na organização. A aplicação ocorreu de forma a envolver toda a equipe de colaboradores da fábrica através de programas de treinamentos e implantação de dinâmicas de conscientização. Os resultados observados, ao fim da aplicação deste projeto, em auditorias internas, indicaram que o ambiente de trabalho se tornou mais organizado e que as pessoas se tornaram mais conscientes nas questões que tocam a qualidade dentro da empresa. Portanto o campo está
preparado para receber as sementes de um novo sistema de Gestão Integrado.

Palavras chave: Sensos, qualidade, conscientização

ABSTRACT

The 5 S program was developed in Japan, thereupon the second world war. It has been applied in many companies all over the world in order to organize the work environment at the best way it’s possible. This program is applied at the organizations based at the 5 senses of this methodology: selection /utilization
(seiri), organization (seiton), cleanness (seiso), order/guidance (seiketsu) and self discipline (shitsuke). At this work the implantation of this 5 senses occurred at the Converteam Fabric unit located in Betim, Minas Gerais- Brasil. This project was applied to support the Integrated Management System that will be implanted as the next steps in the company. This practice happened involving all employees in the organization by training programs and conscientious dynamics. The results observed and the end of this project indicated that the work environment is more organized and people that work on this are more conscientious about quality inside the company. For now the environment is ready to receive the seeds of the next quality program: the Integrated Management System.


Keywords: Senses, quality, conscientious.


LISTA DE SIGLAS

MASP - Metodologia de Análise e Solução de Problemas
SGI - Sistema de gestão integrado
PAQ - Projeto de aplicação da qualidade
DDS - Diálogo Diário de Segurança
5 S – Cinco sensos

1. INTRODUÇÃO


Inaugurou-se o “Programa 5S na Fábrica” na unidade Fabril da Converteam do Brasil, localizada em Betim – MG, em abril de 2006 com o objetivo de contribuir para a certificação do Sistema de Gestão Integrado – SGI, que engloba os atendimentos aos quesitos da norma ISO 9001, ISO 14001, OHSAS 18001 e AS
8000.

Optou-se por iniciar a implantação do SGI através do programa 5S, pois é uma metodologia fácil, que possibilitaria a preparação dos funcionários para a implementação de normas da qualidade. Haveria uma mudança comportamental, através da exposição e aplicação de uma metodologia clara e simples.

O programa contou com cursos e palestras ministrados para os empregados da fábrica. Os temas abordados foram MASP – Metodologia de Análise e Solução de Problemas, Gerenciamento da Rotina, Auditoria Interna e Metodologia 5S, sempre objetivando a motivação e a sensibilização das pessoas na execução das suas atividades.

Os resultados foram acompanhados por auditorias internas de 5S, monitoramento de indicadores e reuniões de gestão de rotina. Isso permitiu que a fábrica desse o primeiro passo em direção a certificação, além de desenvolver um sistema operativo sólido que proporcionou ganhos em qualidade e performance.

2. A EMPRESA

Anteriormente Alstom Power Conversion, desde 10 de novembro de 2005, a Converteam é uma empresa independente apoiada pelo Barclays Private Equity France. Com um faturamento aproximado de 700 milhões de euros, a empresa é líder no setor de conversão de energia, atuando como integradora de sistemas e especialista em soluções customizadas para a conversão de energia elétrica em energia mecânica baseada em tecnologia própria (sistema de acionamentos e controle, equipamentos eletrotécnicos, motores e geradores). A empresa atua em três principais mercados – marinha e offshore, principalmente com sistemas elétricos de propulsão para navios mercantes e de guerra; óleo e gás e indústrias de processos - assim como em muitos outros nichos de mercado (energia eólica, bancadas de teste, geração de energia). Ela emprega mais de 3300 pessoas em suas diferentes unidades em todo o mundo: França, Alemanha, Reino Unido, Estados Unidos, Brasil, China e Índia.


2.1- Sobre a Converteam Brasil Ltda.

Sediada em Belo Horizonte (MG), a Converteam atua como integradora de sistemas e projetista, ocupa posição de destaque no país em fornecimentos de sistemas elétricos, de automação e de controle de processos industriais para as áreas de siderurgia, mineração, manuseio de materiais, oil & gas, marine e
offshore e geração de energia.

Além da sede, a Converteam Brasil Ltda. ainda opera filiais em Vitória (ES) e Macaé (RJ) e uma fábrica de painéis elétricos de baixa e média tensão em Betim (MG).

Entre seus clientes constam: Alcan, Alumar (CVRD), Bardella, Caraíba Metais, CBA, Cosipa, CSBM, CSN, CST, CVRD, Dow Química, Ferteco (CVRD), Ferrostaal, Flexibras, Gerdau Açominas, Kvaerner, MBR, Metso, MGS, MRN, Petrobras, SMS Demag, Sulzer, Usiminas, Vallourec & Mannesmann, Vega do Sul (Grupo Arcelor) e VAI -Voest Alpine.


Algumas fotos da Unidade Fabril de Betim da Converteam Brasil, antes do Programa 5S:


Fotos antes do 5 S


Foto 1: Faixada da Converteam


Foto 2: Assistência Técnica


Foto 3: Entrada do Galpão


Foto 4: Operações




Foto 5: Fundo do galpão


Foto 6: Vista panorâmica do galpão

3. PROJETO – MATRIZ DE PLANEJAMENTO POR OBJETIVO 




OBJETIVO GERAL              
INDICADORES
FONTE DE VERIFICAÇÃO
PRESUPOSTOS

Implantar um programa de 5S de forma a implementar o processo de certificação do sistema integrado de gestão da empresa Converteam Power Conversion unidade fabril Betim.
- Não ter não conformidade na auditoria interna corporativa em Maio
- Não ter não conformidade na auditoria de certificação em Junho
- Auditoria interna corporativa

- Auditoria de Certificação
 O não comprometimento da diretoria corporativa.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
INDICADORES
FONTE DE VERIFICAÇÃO
PRESUPOSTOS

  1. Treinar e sensibilizar os colaboradores quanto ao SGI (sistema integrado de gestão) e respeito aos sensos: Senso de utilização, Senso de ordenação, Senso de limpeza, Senso de asseio, Senso de autodisciplina;
  2. Treinar colaboradores em método de análise e solução de problemas;
  3. Dar suporte aos planos de ação traçados pelo grupo de implantação do SGI;
  4. Treinar auditores em 5S e implantar auditoria de 5S suportando as necessidades do SGI;
  5. Implantação de indicadores e controle estatístico do 5S atrelados ao objetivo do SGI.
1.1  Colaboradores treinados e sensibilizados quanto ao SGI e 5S;
2.1  Colaboradores treinados em análise e solução de problemas;
3.1 Planos de ação SGI executados;
4.1 Auditorias de 5S implantada.
1.1 Auditoria interna 5S
2.1 Solução das não conformidades levantadas nas auditorias em tempo hábil;
3.1 Planos de ação do SGI;
4.1 Cronograma interno 5S;
5.1 Lista de presença das reuniões de gestão da Rotina.
O não comprometimento das chefias da APC da fábrica e da contratada.

RESULTADOS
INDICADORES
FONTE DE VERIFICAÇÃO
PRESUPOSTOS
1.1  Ter colaboradores sensibilizados e treinados quanto a importância do 5S e do SGI.
2.1 Ter colaboradores com conhecimento em ferramentas para poder solucionar problemas mais complexos de forma estruturada.
3.1 Não ter pendência quanto as ações do SGI e estar em conformidade quanto aos aspectos e impactos levantados pela equipe do SGI.
4.1 Ter cultura 5 S implantada e sustentabilidade no programa 5 S.
5.1 Ter gestão da rotina.
1.1.1 Ter 100% dos colaboradores treinados em 5S até abril de 2006
2.1.1 Ter 1 colaborador de cada área treinado em MASP até abril de 2006
3.1.1 Acompanhar 100% dos planos de ação gerados pela equipe do SGI até Maio de 2006
4.1.1 Ter 1 colaborador de cada área treinado em auditoria interna 5S até abril de 2006
4.1.2 Implantar rotina de auditoria interna 5S até abril de 2006
5.1 Implantar gestão da rotina até julho de 2006
5.2 Cumprimento do cronograma de reunião da Gestão da rotina
1.1.1 Check list
1.1.2 Ata de auditoria 5S
2.1.1 Relatório de não conformidade
2.1.2 Plano de ação para solução das não conformidades
O não comprometimento dos colaboradores
ATIVIDADES
RECURSOS
CUSTOS
CONDIÇÕES INICIAIS
1.1.1        Estudo dos requisitos das normas e técnicas: NBR ISSO 9001, NBR ISO 14001, AS 8000, OHSAS 18001 e 5S pela equipe de implantação.
1.1.2        Criar material e plano de treinamento.
1.1.3        Realizar treinamento dos colaboradores da Converteam.
2.1.1        Estudar MASP;
2.1.2        Criar material e plano de treinamento.
2.1.3        Realizar treinamento dos colaboradores da Converteam.
3.1.1        Analisar os aspectos e impactos levantados pela equipe do SGI que incidem na fábrica da Converteam em Betim;
3.1.2        Criar plano de ação para atender as necessidades do SGI quanto ao levantamento de aspectos e Impactos estratificados quanto aos sensos do 5S;
4.1.1        Estudar norma NBR ISSO 19011 pela equipe de implantação;
4.1.2        Criar material e plano de treinamento;
4.1.3        Realizar treinamento dos colaboradores da Converteam;
4.1.4        Criação de Check list contemplando os sensos do 5S e as necessidades do SGI;
4.1.5        Criação de cronograma de auditoria de 5S;
4.1.6        Acompanhar a realização das primeiras auditorias;
4.1.7        Realizar acompanhamentos de não conformidades;
5.1.1        Criação de indicadores;
5.1.2        Estudo da gestão da rotina pelo grupo de implantação;
5.1.3        Criar material e plano de treinamento;
5.1.4        Realizar treinamento para sensibilização dos colaboradores da Converteam quanto a importância dos indicadores;
5.1.5        Realização de reunião de acompanhamento de indicadores;
5.1.6        Acompanhamento de plano de ação para as metas não atingidas;
5.1.7        Criação de planilhas de controle estatístico de processo sobre os indicadores;
5.1.8        Acompanhamento de plano de ação para melhorar os resultados dos indicadores incapazes ou com tendência ruim.
- 4 Hh por colaborador treinado em 5S
- 8Hh por colaborador treinado em MASP
- 8Hh por colaborador treinado em auditoria
- Consultor 5S/Gestão da rotina (cedido pelo Cefet sem custo)
- 6 Estudantes do curso de gestão e tecnologia da qualidade (CEFET_MG)
- Xerox de apostila para os colaboradores dos cursos.
- Faixas motivadoras fixadas no galpão.
- Sala de reunião.
- Notebook e datashow.
- R$ 1.000,00 (Material de treinamento e faixas)
Liberação por escrito da Converteam para o início das atividades de 5S e liberação de acesso ao professor e alunos do CEFET.


4. METODOLOGIA 5S

4.1- A Qualidade Total

A Revolução da Qualidade Total iniciouse em 1950 no Japão e, posteriormente, difundiu-se por todo o mundo, mudou o panorama da competição entre as empresas, que se tornou acirrada e global. As mais ágeis ganharam novos mercados. A sociedade e o mercado se tornaram mais exigentes, puni as empresas que não atenderem suas exigências ao deixarem de adquirir seus produtos e serviços. A empresa para sobreviver neste mercado cada vez mais competitivo se viu obrigada a se voltar para as necessidades de seus clientes.

Segundo Longo e Vergueiro (2003, p. 46) para conquistar um ambiente de Qualidade Total é de capital importância satisfazer totalmente seus clientes externos como, também, os internos, pois pessoas insatisfeitas com suas condições e ambientes de trabalho, com pouca valorização profissional e baixa auto-estima não têm condições de gerar bens e serviços de informação que atendam às necessidades e excedam às expectativas dos clientes. Podemos resumir afirmando que Qualidade Total é o controle exercido por todas as pessoas para a satisfação das necessidades de todas as pessoas.

Entrar para o movimento de Qualidade Total é uma decisão crucial para a organização, porque dela depende seu futuro.



4.2- Gestão da Qualidade


O modelo de Gestão da Qualidade tem como objetivo primordial a sobrevivência das organizações, a partir da satisfação total dos clientes e/ou usuários, através da prestação de bens e serviços que atendam às suas
necessidades, e de preferência, que excedam as expectativas. Satisfação total implica em ser atendido com garantia de qualidade total (LONGO; VERGUEIRO, 2003). Exige profundas mudanças de atitudes e de comportamento, objetiva a melhoria dos processos organizacionais que ocorrerão somente com a efetiva
participação de todos os funcionários da organização.

O desenvolvimento do patrimônio humano se dá por meio de capacitação e treinamento para que possa haver mudança não só dos processos organizacionais, mas da cultura organizacional. A motivação só ocorre quando todos os indivíduos têm clareza das metas e objetivos da organização. Passam a agregar valor e contribuem para que os objetivos sejam atingidos, se sentindo mais interessados e responsáveis pelos resultados e suas ações.

Após muita reflexão sobre como iniciar programas de qualidade e produtividade, vários especialistas concluem que se deve começar com uma faxina geral. O professor Kaoru Ishikawa sempre aconselhava: “pode-se começar varrendo....”.

O 5S é o programa da Qualidade Total que trata da arrumação, da ordem, da limpeza, do asseio e da autodisciplina dos funcionários de uma organização.

Surgiu no Japão na década de 1950, foi aplicado após a 2a Grande Guerra, com a finalidade de reorganizar o país quando vivia a chamada crise da competitividade. A adoção do Programa 5S foi um dos fatores da recuperação das empresas japonesas e da implantação da Qualidade Total no país. Demonstrou ser tão eficaz que até hoje é considerado o principal instrumento de gestão da qualidade e da produtividade utilizado no Japão. As empresas japonesas consideram indispensável a aplicação do Programa 5S para a plena consolidação do gerenciamento pela Qualidade Total de seus empreendimentos. Foi desenvolvido com o objetivo de transformar as atitudes das pessoas e os ambientes das organizações, ocasionando melhor qualidade de vida dos funcionários, redução de custos e desperdícios, aumento da produtividade das
organizações.

Este programa tem como objetivo principal promover a alteração do comportamento das pessoas, proporcionando total reorganização da empresa através da eliminação de materiais obsoletos, identificação dos materiais, execução constante de limpeza no local de trabalho, construção de um ambiente que proporcione saúde física e mental e manutenção da ordem implantada.

Aponta para a melhoria do desempenho global da organização. Sabe-se que a maior dificuldade da implantação efetiva de um programa de qualidade é a mudança cultural das pessoas que compõem a organização, em todos os níveis hierárquicos. Barreira imposta que foi caracterizada como paradigma a ser
rompido com o tempo e com a persistência.

O Programa 5S não é um instrumento que assegura qualidade à organização; é apenas uma ferramenta associada à filosofia de qualidade que auxilia na criação de condições necessárias à implantação de projetos de melhoria contínua. É um sistema que organiza, mobiliza e transforma pessoas e organizações. No Brasil é também conhecido como “Housekeeping” (conservação da casa).


Os custos desse programa são baixos. É um pequeno investimento que traz grandes benefícios.


Como a implantação do 5S visa à qualidade de vida do indivíduo, compatibilizando os recursos disponíveis com as atividades que desenvolvem, a qualidade de vida está diretamente relacionada com o uso correto dos recursos à sua disposição.


4.3- Os cinco sensos da qualidade


Segundo Houaiss (2001), senso é a faculdade de julgar, de sentir, de apreciar. Portanto, nunca se implementa um senso, mas se planta e se cultiva, através de um processo educativo.


A denominação 5S vem das iniciais das 5 palavras de origem japonesa: Seiri, Seiton, Seiso, Seiketsu e Shitsuke, que são as máximas do movimento (BRITTO; ROTTA, 2001).


Foi adequado à língua portuguesa na forma de 5 sensos (Figura 2): de seleção/utilização (seiri), de organização (seiton), de limpeza (seiso), de padronização (seiketsu) e de autodisciplina (shitsuke).














Figura 2: Uma visão sistêmica dos 5 sensos


4.3.1- Seiri: senso de utilização


Também, tido como senso de seleção, descarte, arrumação. Significa identificar e separar tudo o que é necessário do que é desnecessário no local de trabalho, dando um destino para aquelas que deixaram de ser úteis para o fim desejado e agrupando os objetos necessários por ordem de importância, inclusive eliminado
tarefas desnecessárias. Possibilita melhor organização do local, criação de novos espaços, diminuição da perda de tempo e desperdício de recursos.


Para a arrumação do setor devemos: classificar os itens (necessários e desnecessários), verificar a freqüência de uso e dar a destinação dos itens de acordo com a freqüência de uso (Figura 3).






















Figura 3: Senso de utilização

De acordo com o SEBRAE (2000) esta fase tem como lema: “A gente faz o ambiente”.


A fase do descarte tem como benefícios:

- Reduzir a necessidade de espaço físico, de estoque e de gasto com sistema de armazenamento.
- Facilitar o arranjo físico, o controle de produção e a execução do trabalho no
tempo previsto.
- Diminuir o desperdício de material.
- Reduzir custos e acidentes.


4.3.2- Seiton: Senso de ordenação, organização, sistematização.


Significa colocar cada objeto no seu único e exclusivo lugar, dispostos de forma correta, agrupando por tipo, cor, etc., para que possam ser utilizados prontamente (Figura 4). Refere-se à disposição sistemática dos objetos com excelente comunicação visual utilização de etiquetas para identificação dos locais, dos objetos, das tarefas, no material adotado para uso do setor, a fim de que se possam manter as coisas do jeito que devem ser. Possibilita organizar seu local de trabalho e promover ações que facilitem o trabalho através da identificação dos materiais, locais e tarefas, para que todos saibam onde o material está.































Figura 4: Senso de Ordenação


Segundo o SEBRAE (2000) esta fase tem como lema: “Um lugar para cada coisa, cada coisa no seu lugar”.
A fase da ordenação tem como benefícios:

- Propiciar melhor aproveitamento dos espaços existentes.
- Proporcionar rapidez e facilidade na busca de itens.
- Evitar desperdício de material e reduzir custos.
- Contribuir para o aumento da motivação e da produtividade das pessoas.
- Propiciar maior racionalização do trabalho.
-Tornar o ambiente de trabalho funcional e agradável.

4.3.3- Seiso: Senso de limpeza, zelo.

Significa eliminar a sujeira e as fontes de sujeira para construir um ambiente de trabalho limpo e agradável que proporcione segurança e qualidade de vida (saúde física e mental) das pessoas, lembrando sempre do dito popular: “O ambiente mais limpo não é o que mais se limpa, mas sim o que menos se suja”. Cada um
limpa sua própria área de trabalho, é consciente das vantagens de não sujar.

Segundo Calegare (1999) para determinação das causas é interessante que se pergunte sempre o “por que” (“Por que estava sujo?”; “Por que não havia lixeiras?”; “Por que as lixeiras não foram incluídas no planejamento?”).


Segundo o SEBRAE (2000) essa fase tem como lema: “O ambiente faz a gente”.

Os benefícios da limpeza são:

-Proporcionar o aumento da auto-estima e da disposição da equipe gerando produtividade.
- Favorecer o companheirismo, a amizade e o bom-humor da equipe.
- Propiciar a satisfação e eficiência das pessoas.
- Evitar danos à saúde da equipe e gastos com doenças.
- Evitar perdas de material.
- Evitar danos a equipamentos.
- Melhorar a imagem interna e externa da empresa.
- Reduzir condições inseguras.

4.3.4- Seiketsu: Senso de asseio, de saúde, higiene.

Refere-se à execução dos 3 sensos anteriores de forma sistematizada, ou seja,manter o descarte, a organização e implantar o padrão de limpeza de forma contínua, com a preocupação e atenção com a própria saúde física, mental e emocional. Resulta da padronização das atividades anteriores de forma
sistematizada com manutenção e monitoração dos estágios já alcançados para que não retrocedam. Para tal gerenciamento dá-se ênfase na manutenção da padronização adotada. O objetivo da padronização é fazer com que todas as tarefas sejam cumpridas voluntária e rotineiramente da mesma forma, para que os
resultados sejam sempre aqueles esperados, a fim de melhorar o desempenho da organização (CALEGARE, 1999). É o ponto alto do método.

É preciso que haja um sólido compromisso de toda a equipe para a mudança de hábito, a fim de que as boas condições sejam mantidas. Isso implica em educação das pessoas.

Segundo o SEBRAE (2000) essa fase tem como lema: “O compromisso de cada um é com todos”.

Os benefícios da conservação são:

- Melhoria contínua do ambiente de trabalho.
- Racionalização do tempo.
- Incentivo à criatividade das pessoas envolvidas.
- Melhoria da produtividade.
- Base para a Qualidade Total.

4.3.5- Shitsuke: Senso de autodisciplina, educação, manutenção da ordem, comprometimento.


Significa ser responsável pela qualidade de seu trabalho e de sua vida, buscando melhoria sempre, ao cumprir rigorosamente os padrões técnicos, éticos e morais, normas e tudo o que for estabelecido pela organização onde trabalha. É o pacto da qualidade onde todos assumem o compromisso de manter as normas, prazos e acordos estabelecidos nas fases anteriores, a fim de aperfeiçoar e dar continuidade ao Programa. Faz parte do comportamento ético respeitar o acordo estabelecido e cumprir todos os compromissos para não desapontar o cliente.


É um hábito consciente e voluntário para manter e praticar corretamente o que foi determinado nos procedimentos operacionais estabelecidos pela organização. É a base para a harmonia das atividades previstas nos 4S anteriores. O hábito de fazer as coisas que devem ser feitas deve ser desenvolvido, e nem sempre a maneira mais fácil é a mais correta.


Segundo o SEBRAE (2000) esta fase tem como lema: “Água que corre não cria lodo”.


Os benefícios da disciplina são:

-Melhoria das relações humanas.
-Favorecimento do trabalho em equipe.
-Confiabilidade e credibilidade das informações.
-Eliminação do desperdício.
-Dignificação do ser humano.
-Facilidade de execução de todas as tarefas.
-Cumprimento dos requisitos de qualidade.

Esta metodologia é a mais recomendada por atuar principalmente com a eliminação de desperdício, com alteração da mentalidade das pessoas, com interação entre patrão/empregado/cliente e por estimular a reflexão da qualidade dos serviços e produtos e da qualidade de vida.


O Padrão de Qualidade será atingido se todos os procedimentos adotados nas 5 fases do Programa 5S estiverem documentados, ou fotografados, para que se possa comparar a situação anterior com a atual.
O Programa 5S é basicamente a determinação de arrumar e organizar um local de trabalho, de manter arrumado e limpo, de manter as condições padronizadas e a disciplina necessária para realizar um bom trabalho. Organização, arrumação e limpeza referem-se às atividades de pessoas, padronização refere-se à execução das atividades anteriores de forma sistematizada; e, disciplina refere-se à manutenção da nova ordem estabelecida. Para utilizar o 5S é necessário que se tenha uma metodologia de implementação correta, para almejar ganhos maiores em termos de motivação, criatividade, produtividade e lucratividade. Se o líder e a equipe não tiverem motivação certamente cairão na acomodação, que vem acompanhada de regressão e tudo o que foi implantado vai por “água abaixo”.

Aliás o próprio nome é Qualidade Total e não Qualidade Parcial. “A Qualidade Total só pode ser atingida se houver trabalho em grupo, com plena integração entre os colaboradores em todos os níveis da organização” (CALEGARE, 1999, p. 48) e com diálogo amplo e franco. As barreiras devem ser eliminadas, sejam elas físicas ou mentais.


A metodologia utilizada para auxiliar no planejamento e na aplicação em todas as etapas pode ser o Método 5W1H, a saber:

WHY (Por quê?) – Para organizar o setor de trabalho.
WHAT (O quê?) – Acervo e material de consumo diário.
HOW (Como?) – Selecionando o que usa e separando o que não usa.
WHO (Quem?) – Todos os funcionários do setor.
WHERE (Onde?) – No próprio setor de trabalho.
WHEN (Quando?) – De 3 a 31 de Janeiro (por exemplo).

4.4- O ciclo PDCA

A busca da melhoria do desempenho é uma meta constante da Qualidade Total. Com qualidade os produtos e serviços têm mais valor, a produtividade e a competitividade crescem garantindo a sobrevivência da empresa (CALEGARE, 1999). A Organização busca a excelência na prestação de seus serviços através do aperfeiçoamento contínuo se perguntando: o QUE fazer, COMO fazer, QUEM faz, para que os objetivos sejam atingidos. O QUE fazer é definido com a razão de ser da organização; o COMO fazer é garantido pelo Método Ciclo PDCA e o QUEM faz é o patrimônio humano da organização.

A aplicação do ciclo de aperfeiçoamento contínuo por meio do Método PDCA (figura 5): Planejar (Plan), Desenvolver (Do), Controlar (Check) e Aprimorar (Act), permite que a empresa mantenha a qualidade e a excelência conquistadas mediante uma filosofia de gerenciamento eficaz (LONGO; VERGUEIRO, 2003).













Figura 5: Ciclo PDCA

A motivação será obtida, se durante a implantação das 5 fases do Programa 5S, se a equipe fizer reuniões periódicas, balanços e checagem do planejado com o que foi executado, seguindo as regras do Programa. Assim, manterá a motivação, e o aperfeiçoamento que advém da aplicação constante do ciclo PDCA.

5- IMPLANTAÇÃO






 


5.1 - Preliminares


Marco Aurélio Gandra, coordenador da Qualidade da unidade fabril de Betim da Converteam do Brasil, convidou Neimar Carvalho, Samira Gontijo e Sara Rios para realizarem o Programa 5S no seu local de trabalho, com a intenção de preparar a unidade para a implantação do Sistema de Gestão Integrada.

Durante a primeira reunião do grupo, sugeriu-se o nome do Professor Márcio Bambirra como orientador do projeto, todos aceitaram a proposta. Entramos em contato com o Professor Bambirra, que aceitou o convite do grupo após uma reunião, em que Gandra explanou sobre a empresa e a intenção de projeto.


5.2- Conhecimento

Realizamos duas visitas monitoradas para conhecer a unidade fabril de Betim da Converteam do Brasil, local em que se realizou o projeto.


Na primeira visita, a Converteam nos foi apresentada, assim como seus processos. Reunimos com o diretor da unidade para expor a proposta de implantação do Programa 5S e a matriz de objetivos. Essa primeira visita e reunião foram acompanhadas pelo orientador.

Na semana seguinte, nós realizamos uma segunda visita. Conhecemos o espaço fabril, os processos e discutimos formas de execução do programa. O coordenador da qualidade da Mecatron acompanhou a visita, pois os profissionais que trabalham na confecção dos painéis produzidos pela Converteam do Brasil
são terceirizados da Mecatron. Assim, um trabalho com os profissionais da Mecatron que atuam na Converteam do Brasil se realizaria. O grupo conheceu, também, a Mecatron, seus processos e as áreas de intercessão com a Converteam. Conversamos com alguns funcionários, sobre a execução de seu trabalho. Observamos a execução da tarefa de outros. A visita foi rica em troca de informação e conhecimento.

5.3 - Divulgação

Elaborou-se um banner (figura 6), com o objetivo de divulgar o Programa 5S dentro das instalações fabris da Converteam. Colocou-o no pátio principal da Converteam, acima das máquinas para que todos pudessem visualizá-lo.























Figura 6: Banner divulgação


No “Come-unity” – Jornal interno da Converteam, número 2 de junho de 2006
foi publicada uma matéria sobre o “Programa 5S na Fábrica”, com o mesmo título:

PROGRAMA 5S NA FÁBRICA
Contribuição: Alex Alvarenga e Marco Ribeiro


Buscando contribuir para a certificação do Sistema de Gestão Integrado – SGI, que engloba, além do atendimento aos quesitos da norma ISO 9001 (Qualidade), também as normas ISO 14001 (Gestão Ambiental), OHSAS 18001 (Segurança e Saúde no Trabalho) e AS 8000 (Responsabilidade Social), sob a liderança do Alex Alvarenga, Geraldo Freire, Paulo Henrique, Uber Peixoto e Marco Ribeiro, juntamente com o apoio de alunos e professores do curso de pósgraduação Especialização em Gestão e Tecnologia da Qualidade do CEFT-MG, a Unidade Fabril da Converteam Brasil, Betim, iniciou o processo de implantação do Programa 5S.

O programa trabalhará, principalmente, a motivação e sensibilização do corpo operacional aos requisitos apresentados nas normas, de forma clara e simples, como a metodologia 5S permite.

Com o início das atividades em abril/2006, o programa contará com cursos e palestras ministrados para os empregados da fábrica. Os temas abordados serão: MASP (Metodologia de Análise e Solução de Problemas), Gerenciamento da Rotina, Auditoria Interna e Filosofia 5S, sempre tendo em mente a motivação e sensibilização das pessoas na realização das suas atividades.

Os resultados serão acompanhados por auditorias internas de 5S, monitoramento de indicadores e reuniões de gestão da rotina. Isso permitirá que a fábrica não apenas alcance a tão almejada certificação, mas desenvolva um sistema operativo sólido que proporcionará ganhos em qualidade e performance.

Com o objetivo de informar e esclarecer os funcionários da Converteam do Brasil sobre o programa.


5.4 - Preparação e Treinamentos1

Realizou-se dois módulos de treinamentos. O primeiro destinado aos funcionários da Corverteam, nível administrativo. Neste abordou-se a metodologia 5S e o método para solução de problemas MASP. Optou-se, também, por qualificar o setor administrativo com o conhecimento do MASP, já que se faz necessário o conhecimento de ferramentas da qualidade, para auxiliar na solução de problemas que poderão ser apontados durante a execução do Programa 5S.

Ao final do treinamento os participantes foram divididos em quatro grupos, tinham como tarefa realizar um check-list (figura 7) dos quesitos a serem vistoriados durante a auditoria com base na matriz abaixo:













Figura 7: Matriz de correlação

Foram-lhes dado uma semana para que o quadro fosse preenchido. Todos os grupos entregaram conforme o combinado. Abaixo segue o compilado da matriz:

O segundo treinamento destinou-se aos funcionários da Mecatron que trabalham na Converteam, nível operacional. Devido ao grande número de funcionários, dividiu-os em 8 turmas, para que todos pudessem ser treinados e a produção não parasse. A divisão seguiu o critério da ordem alfabética dos nomes.

As listas com as turmas e os horários dos treinamentos foram fixadas em local visível, dentro do pátio da Converteam, ao lado de um bebedouros, próximo ao relógio de ponto.

As listas foram fixadas previamente, dias antes dos treinamentos todos os funcionários assinaram uma lista de convocação, assim estavam cientes da data e do horário previamente marcados. No entanto, houve ainda uma segunda chamada para os funcionários que não puderam participar da primeira convocação.

Nos dois dias de treinamento o Profissional responsável pela Segurança do Trabalho da Mecatron conversou com todos os funcionários sobre a Metodologia 5S no Diálogo Diário de Segurança – DDS, que acontece diariamente antes de iniciar o trabalho, com o objetivo de introduzir o assunto do curso.

Os treinamentos tinham como principal objetivo apresentar a metodologia 5S para todos os funcionários da Converteam e da Mecatron que trabalham na primeira. Mas outros objetivos como: responsabilizar cada funcionário pelo seu comportamento e pelo resultado do Programa 5S; possibilitar um espaço para exposição de problemas e apresentação de soluções, não se perderam.


Ao final do treinamento, pediu que todos os participantes respondessem as seguintes questões:


1. Sugestão de melhoria (Plano de ação):

2. Pontos de verificação:
3. Sugestões sobre ergonomia e para evitar desperdício de água e luz:

O resultado compilado dessas considerações realizada pelos funcionários segue abaixo.



Sugestões para o 5S pelos colaboradores





















































































5.5 - Auditoria


Ministramos um treinamento com os funcionários que participaram da auditoria. Durante este, sugestões foram solicitadas aos participantes. Essas foram compiladas e junto com os dois exercícios compilados anteriores originaram o check-list.

Dentre os participantes do treinamento, uma primeira equipe foi convocada para a primeira auditoria, nas subsequentes a equipe foi alterada. As auditorias 2 Presente na próxima página.

foram devidamente programadas, mensalmente, e os convocados receberam um treinamento prático durante a mesma.

Foram registradas as não conformidades durante a auditoria, posteriormente distribuídas para os responsáveis dos setores darem tratamento, através de Reunião de Rotina 5S. Nesta, passa-se para o responsável do setor os acontecimentos da auditoria e as não conformidades referentes. As ações corretivas são mais pontuais, não há nada que cause grande impacto.


Três auditorias se realizaram, após a primeira o check-list foi alterado, pois havia itens a serem acrescentados, na segunda e terceira vez, não houve necessidade de alteração. O check-list é composto de assunto a ser auditado, lembretes para auxiliar o auditor e uma legenda para pontuação.

Mesmo após a terceira auditoria, pode-se melhorar, ainda, a aplicação de alguns quesitos. Acreditamos na melhoria contínua, a cada dia que passa a empresa e os funcionários vão se aperfeiçoando para uma aplicação mais qualificada dos 5 sensos.








































Durante a auditoria, os auditores usaram um crachá referente ao Programa 5S, com a Política do Sistema da Gestão Integrada no verso dos dados pessoais do auditor (figura 8).
















Figura 8: Crachá de identificação


5.6- Concurso


Com a finalidade de incentivar a todos os funcionários a participaram no programa 5S, criou-se um concurso interno para selecionar o nome do mascote do programa:








Com um regimento próprio, divulgado a todos os funcionários da Converteam.


O mascote foi criado a partir de um refugo, durante o Programa 5S (figura 9).

















Figura 9: Foto Mascote 5S

Ao funcionário ganhador a Converteam concedido um jantar no valor de R$200,00 (duzentos reais), com direito a acompanhante, no restaurante Carretão localizado na BR 381.


A premiação foi divulgada no jornal interno da empresa, através da matéria presente abaixo:

Foi criado em julho de 2006 o Mascote do Programa 5S na Unidade Fabril da Converteam de Betim/MG. Paralelamente, foi elaborado um concurso que objetivou a criação de um nome, bem como um slogan para identificação do Mascote.

Para eleger o nome, participaram do concurso funcionários (chão de fábrica) da Mecatron (empresa fornecedora de painéis da Converteam), e para o slogan do Mascote participaram os funcionários Converteam.

Dentre vários nomes e slogans sugeridos pelos funcionários o ganhador do nome foi "Sr. Cincolino" sugerido pela funcionária da Mecatron, Eneida Cecília da Silva do Carmo.

Sendo que para o Slogan do Concurso o ganhador foi " Na mão do criador: 5 dedos, No planeta terra: 5 continentes, Na criatura: 5 sentidos , Na empresa de sucesso: funcionário 5S", slogan este sugerido por Marcelo Santarém.

Os ganhadores do concurso foram premiados com um Jantar no valor de até R$200,00, com direito a acompanhantes no Restaurante Carretão.

A idéia do Mascote surgiu, assim que um painel ficou à disposição na fábrica por não ter mais utilidade. Para atender ao Programa 5S foi aplicado o Senso de Utilização. Aproveitamos o painel, transformando-o em quadro de Gestão a Vista.

Hoje o painel, que se transformou no mascote estilizado, serve como meio para  divulgação do Programa 5s, onde todos as informações, indicadores e lembretes estão a disposição de todos.



5.7 - Manutenção


Figura 10: Avisos de disciplina
































Com o objetivo de não deixar o “Programa 5S na Fábrica” se perder na memória dos funcionários da Converteam Brasil, criamos avisos (figura 10) que foram distribuídos para os funcionários e fixados em vários locais da empresa. Dessa forma sempre terão um estímulo para lembrar dos 5 sensos, com o objetivo de prosseguir com as próximas etapas para a instalação do Sistema de Gestão Integrada – SGI dentro da Converteam Brasil.

6- CONCLUSÃO

A implantação de uma metodologia de qualidade, por mais simples que possa se apresentar num primeiro momento, exige “qualidade” durante a sua execução. Envolve pesquisa, estudo, preparação, treinamento, organização, disponibilidade entre outros tantos fatores. Além do principal fator, A equipe, que exige muito manejo de todos os integrantes, há insatisfações, dedicação mais de uns, alguns conflitos...


Seis meses se passaram e o primeiro degrau de um longo percurso foi alcançado com êxito. A equipe caminhou junta, às vezes, com um ou outro mais sobrecarregado, mas o peso, embora dividido de modo assimétrico, foi carregado por todos, cada um a seu modo.


Um trabalho bem feito, bem implantado realizamos na Converteam Brasil, com o apoio dos funcionários dessa fábrica.


7- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


BRITTO, M. de F. P. de; ROTTA,. C. S. G. A implantação do Programa 5S num
hospital geral privado do interior do Estado de São Paulo como ferramenta
para a melhoria da qualidade. RAS, São Paulo, v. 3, n. 11, p. 9-13, 2001.
CALEGARE, A. J. de A. Os mandamentos da Qualidade Total. 3. ed. Barueri:
Inter-Qual International Quality Systems, 1999.
INSTITUTO ANTONIO HOUAISS. Dicionário eletrônico da língua portuguesa
1.0. Rio de Janeiro, 2001. 1 CD-ROM.
REBELATO, M. G. A qualidade em serviços: uma revisão analítica e uma
proposta gerencial. 1995. 148 p. Dissertação (Mestrado) – Escola de
Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos, 1995.
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Reitoria. Comissão de Gestão da Qualidade e
produtividade da USP. Programa de qualidade e produtividade na Reitoria.
Disponível em: <http://adm2.recad.uspnet.usp.br/codage//quali/unidades.html>.
Acesso em 24 abril. 2006.
LONGO, R. M. J.; VERGUEIRO, W. Gestão da qualidade em serviços de
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implantação. Rev. Dig. Bibliotecon. Ci. Inf., Campinas, v.1., n.1, p. 39-59,
2003.
SANTOS, M. B., Mudanças Organizacionais: técnicas e métodos para a
inovação, Belo Horizonte: Inovart, 2004
SEBRAE. D-Olho na qualidade. São Paulo, 2000. 1 videocassete (60min), VHS,
son., color.
DA SILVA, João Martins. 5 S – O ambiente da qualidade.Belo Horizonte:
Fundação Christiano Ottoni

Um comentário:

  1. muito bom seu trabalho! acredito que apenas tenha faltado, dar introdução no programa de APPCC e PGRS.

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